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Memórias da Covilhã

Memórias da Covilhã

Bairro dos Penedos Altos

25.10.16, Memórias

Colaboração Blog de Paulo de Jesus

BAIRRO DOS PENEDOS ALTOS 

O Bairro dos Penedos Altos localiza-se na zona mais a Norte da Covilhã, junto à Ribeira da Carpinteira. Este bairro, foi o primeiro bairro social inserido nos programas habitacionais do Estado Novo. Designadamente no programa de casas económicas.

 

Em 1936, foi realizada a venda da Quinta dos Melos, “Penedos Altos”, por Georgina Geraldes de Lima e Cunha de Campos Mello, casada com José Maria Castro Campos Mello às seguintes entidades: Câmara Municipal da Covilhã; Caixa Sindical de Previdência do Pessoal da Industria de Lanifícios e à Federação Nacional dos Industriais de Lanifícios, para construção de um bairro operário.

 

No ano de 1940 foi adjudicada a 1ª fase ”bairro de cima”, aos construtores António Alves Franco Júnior; Augusto Domingos e Joaquim da Silva Reis para a construção de casas com habitações de piso único e diversas tipologias para alojar agregados familiares de várias composições. Todas as casas possuem um quintal nas traseiras.

 

Em 1946, para dar continuidade à construção do bairro, foram adquiridos terrenos aos seguintes proprietários, Eng. Telo de Carvalho Simas e esposa bem como a Carlos Mello e Castro e esposa Isilda Castro Campos Mello e Matos, e outros. Nessa data, teve lugar a assinatura do empréstimo no valor de um milhão e seiscentos e quinze mil escudos à Caixa Geral de Depósitos às seguintes entidades: Câmara Municipal da Covilhã; Caixa Sindical de Previdência do Pessoal da Indústria de Lanifícios da Covilhã, para fazer face aos encargos que lhe competiam na ampliação do bairro.

 

Seguiu-se, no ano de 1947, a construção da 2ª fase “bairro de baixo” com o autor do projeto Eng. Mário Soares Lopes e os construtores José da Costa Riscado e Manuel Fernandes Pinto.

 

O bairro de baixo, era composto de habitações de 2 andares, e cujo número de divisões e rendas variavam em concordância com os agregados familiares a alojar. Todas as habitações possuíam um quintal nas traseiras.

 

O bairro estava dotado de infra-estruturas como saneamento, água, luz, edifício escolar e Igreja.

 

Em 1953 foram adquiridos terrenos à “Fábrica Alçada & Filhos, Sucessores”, para ampliação do bairro.

 

Na década dos anos 80 e 90, do século XX, as quintas do Samarra, do Mestre Jaime e Serrado foram vendidas em lotes de terreno para novas construções.

 

Atualmente, trata-se de um bairro único, dotado de variadas infra-estruturas de lazer; jardins; parque infantil; piscina municipal; escola; pavilhão gimnodesportivo; associações culturais e desportivas e outros equipamentos.

 

Este bairro é composto pelos seguintes arruamentos; Rua Celestino David; Rua da Calva; Praceta da Calva; 1ª e 2ª travessa da Calva; Travessa D. Filomena Anaquim; Rua D. Maria José Alçada; Rua Dr. Guilherme Raposo de Moura; Rua Dr. Manuel Mendes de Matos; Rua Fernando Antunes; Rua da Igreja; Rua São José; Rua e Escadas do Padre Pita; Caminho dos Moinhos; Rua dos Motoristas; Rua da Piscina; Rua e Escadas do Pinho Manso e Rua do Ribeiro de Flandres.

 

In “BAIRROS DA COVILHÔ de António Garcia Borges

in http://cidadedacovilha.blogs.sapo.pt/7352.html

Liceu Municipal da Covilhã - Escola Secundária Frei Heitor Pinto

20.10.16, Memórias

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 20 DE FEVEREIRO DE 1932 - É criado o Liceu Municipal pelo decreto nº20.930.
A Covilhã é dotada de um “liceu municipal industrial” pelo decreto nº20.930 do Ministério da Instrução Pública, com expensas da Câmara Municipal e anexado à Escola Industrial. A Comissão Administrativa da Covilhã liderada por Francisco Almeida Garrett não aceitou bem esta anexação e depois de alguma rejeição e de algumas alterações legislativas, a Covilhã recebe o diploma 23.685 de 20/03/34 com a criação do Liceu Municipal. O liceu surgiu com “frequência mista” e foi aberto oficialmente a 08 de Outubro desse mesmo ano, tendo inscritos 182 alunos. O liceu funcionou durante alguns anos na Rua dos Combatentes da Grande Guerra (na imagem), sendo que viria a mudar de instalações em 1969. Após o 25 de Abril de 1974, passou a designar-se por Escola Secundária Frei Heitor Pinto.

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ESCOLA SECUNDÁRIA FREI HEITOR PINTO

O Liceu Municipal da Covilhã foi criado por publicação do Decreto-Lei nº 23.685, de 21 de Março de 1934, que contém apenas dois artigos de seguinte teor: “art. 1º - é criado na cidade da Covilhã um liceu municipal, de frequência mista, que deverá funcionar a partir do ano letivo de 1934/1935 e será regido pelas disposições do Estatuto do Ensino Secundário, aprovado pelo Decreto com força de lei nº 20.741, de 18 de dezembro de 1931, e dos decretos com força de lei nºs. 21660 e 21706 e respetivamente de 3 de junho e de 17 de setembro 1932 art. 2º - é revogado o Decreto nº 20.930, de 20 de fevereiro de 1932”.

A Comissão Administrativa da Câmara Municipal da Covilhã apresentou ao Governo a proposta para construção de um edifício expressamente destinado a liceu, independentemente da Escola Industrial Campos Mello, para poder começar a funcionar em Outubro de 1934.

Estava dado o primeiro passo para a satisfação dos covilhanenses a nível escolar. Havia porém, muitas contrariedades quanto à escolha do patrono do liceu, uma vez que o carisma intelectual e de patriotismo de Frei Heitor Pinto se coadunava perfeitamente com o título desejado. “A Comissão Municipal, presidida pelo Dr. Almeida Garrett atendendo ao Cedreto nº 21706, tem a faculdade de prestar homenagem a uma personalidade local que se tenha distinguido pelos seus serviços à Pátria e ao Município”. A 7 de agosto de 1934, no Decreto-lei nº 24312, é atribuída a designação do liceu Heitor Pinto àquela escola e no primeiro ano matricularam-se 182 alunos, de ambos os sexos, sob a lecionação de seis professores incluindo o Reitor.

O edifício do Liceu Heitor Pinto funcionou na Rua dos Combatentes da Grande Guerra até ao ano de 1968, passando depois a funcionar na Avenida Salazar, hoje 25 de Abril, em novos edifícios com diversos pavilhões construídos de raiz.

No dia 21 de março de 1970 o Liceu Nacional da Covilhã foi inaugurado por Sua Exª. O Presidente da República Almirante Américo da Deus Rodrigues Tomás.

Em 1974 passou a designar-se a Escola Frei Heitor Pinto.

Cronologia dos Reitores e Presidentes

Reitores

Dr. Manuel Rabaça – 1934-1936

Dr. Feliciano Ramos – 1937-1938

Dr. Paulo Sousa – 1938-1939

Dr. Joaquim Vasco – 1939-1950

Dr. João Fonseca Silva – 1950-1954

Dr. Alfredo Antunes dos Santos – 1954-1959

Dr. José Abrantes da Cunha – 1959-1967

Dr. Domingos Rijo – 1967-1974

Conselho Diretivo da Escola Secundária Frei Heitor Pinto

Drª Vitoria Campos – 1974-1975

Dr. Luís Canas Ferreira – 1975-1978

Drª Leonor Abreu – 1978-1980

Dr. Fernando Panarra – 1980-1984

Dr. Luís Alberto Amoreira – 1984-1986

Dr. Fernando Panarra – 1986-1991

Conselho Executivo

Dr. Aníbal José Trindade J. Mendes – 1991-1993

Drª Maria Cabral Nogueira – 1993-1994

Drª Fernanda da Costa – 1994-1997

Dr. José Manuel Gonçalves Rodrigues – 1997-2002

Dr. Aníbal José Trindade J. Mendes – 2002-2009

 

In História da Freguesia de São Pedro da Covilhã, de António Garcia Borges

In “BAIRROS DA COVILHÔ de António Garcia Borges

in http://cidadedacovilha.blogs.sapo.pt/2010/02/

 

 

 

 

Escola Industrial e Comercial Campos Mello.

19.10.16, Memórias

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Figuras da  Escola Industrial e Comercial Campos Mello

 Ernesto de Campos Melo e Castro

Formado em engenharia químico-industrial pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa em 1921, desenvolveu grande acção pedagógica na Covilhã, tendo sido durante 37 anos director da Escola Industrial e Comercial Campos Melo.

Em 1925 viaja para Espanha, França, Alemanha, Bélgica e Suiça, para aprofundar os seus estudos.

A 1 de Agosto de 1955 torna-se Comendador da Ordem da Instrução Pública.

Dedicado igualmente à música, foi professor no Conservatório desta cidade, violinista em saraus artísticos e compositor da "Trilogia Camoniana".

Data de nascimento:
Local de nascimento:S.Martinho, Covilha, Castelo Branco, Portugal
Falecimento:Died in Lisbon, Lisbon, Portugal

 

Num restaurante da cidade da Covilhã, em 1967, tendo o Dr. Castro Martins acabado de discursar, na presença do Dr. Duarte Simões

Biografia de Rodolfo Passaporte (1993) clique na imagem

"Numa rua castiça de Madrid, na "calle" Cardenal Mendoza, número 3, no bairro de Arguelles, nasceria a 12 de Junho de 1927 Rodolfo Leão Romero Passaporte, filho de pai português, António Pedro Carreta Passaporte, natural de Évora, e de mãe espanhola, Gregória Ascención Calleja Romero, natural de Madrid.
 
 A Guerra Civil em Espanha (1936-1939) marcou profundamente a sua infância e os momentos vividos durante aqueles três anos ficaram-lhe retidos na memória e modelaram-lhe, de certo modo, o seu carácter. "

Os primeiros convívios da APAE Campos Melo - Clique na imagem abaixo

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ESCOLA SECUNDÁRIA CAMPOS MELLO

A família Campos Mello pensou num estabelecimento para uma escola industrial na Covilhã. Outras cidades e vilas pretenderam o mesmo do Governo, simplesmente, coube À Covilhã a honra de ter sabido convencer os poderes públicos, numa luta porfiada que durou vinte anos.

Ao fim desse tempo, um ilustre covilhanense, José Maria Veiga da Silva Campos Mello, lutou junto do seu antigo condiscípulo o companheiro de viagens, o então Ministro das Obras Públicas, António Augusto de Aguiar, pela fundação da Escola Industrial da Covilhã.

Foi no reinado de D. Luís I que se fundou, então, a Escola Industrial Campos Mello, e a Covilhã pode-se orgulhar de ter a escola industrial mais antiga do país. Tudo se deve ao industrial José Maria Veiga da Silva Campos Mello e à sua persistência que levou o governo, do qual eram ministros Hintze Ribeiro e António Augusto de Aguiar, a aprovar o Decreto-Lei do Diário do Governo de 3 de Janeiro de 1884.

A Escola Industrial Campos Mello foi instalada na rua Fernão Penteado, num edifício muito próximo da Igreja da Nossa Senhora da Conceição, cedido pela Câmara Municipal da Covilhã.

No Decreto-Lei de 14 de Dezembro de 1897, subscrito por António José da Cunha, no qual a Escola Industrial Campos Mello é englobada indistintamente com outras escolas, previam-se as seguintes disciplinas: desenho, matemática, tecelagem, debuxo, Língua Portuguesa e lavores femininos.

O Decreto de Manuel Francisco Vargas, de 14 de Dezembro de 1901, restabelecendo um pouco daquele espírito incluído no Decreto de António Augusto de Aguiar, não traz à Escola Industrial Campos Mello grandes vantagens práticas. Uma disposição semelhante à do decreto anterior impede, do mesmo modo, o provimento das disciplinas que lhe são atribuídas.

Só em 1905 é contratado um novo mestre de tecelagem, recomeçando então o ensino no prático de debuxo, e começa a ser lecionada a disciplina de língua Francesa.

A Escola começa a aumentar o número de alunos e o edifício não se ajusta às suas necessidades, razão por que, em 1912, é transferida para o edifício que a Companhia de Jesus estava a construiu na Covilhã, por os Jesuítas terem sido expropriados do seu edifício e bens quando se implantou a República. O sumptuoso edifício, construído expressamente para um colégio católico, com ótimas salas para aulas e amplos corredores, um vasto salão e grandes pés direitos, ofereceu excelentes instalações para uma escola industrial reservando-se o andar térreo para as oficinas.

No ano de 1918 a escola passou a designar-se Escola Industrial de Lanifícios Campos Mello, mas, em 1921, voltou a mudar de nome, passando a chamar-se Escola Industrial Campos Mello da Covilhã e, no ano de 1948, passou a Escola Industrial e Comercial Campos Mello.

Por motivo de a Escola já ser pequena para a população do concelho da Covilhã, no ano de 1950 começou a ser construído um novo edifício nos mesmos terrenos da escola, que foi inaugurado no ano de 1955.

Em frente ao mesmo edifício, na Avenida 25 de Abril, foi construído um monumento em homenagem ao patrono José Maria Veiga da Silva Campos Mello, que foi inaugurado em 1970. Nesse ano, a Escola Industrial começou a designar-se por Escola Técnica Campos Mello e no ano de 1979, volta a mudar de nome e a chamar-se Escola Secundária Campos Mello.

Nos princípios do ano 2000, iniciou-se a construção de um novo edifício para ser utilizado como Pavilhão Gimnodesportivo, que foi inaugurado em 2003. Perfazendo com os dois anteriores um triângulo.

Desta escola saíram grandes técnicos que deram fama à industria covilhanense tanto no país como no estrangeiro, o que se deve também aos bons professores que, ao longo da sua história, quiseram partilhar o seu saber tal como a sua técnica.

Para recordar os cursos que existiram na Escola, a Presidente da Comissão Executiva, Drª Isabel Maria de Almeida Lopes Fael, com a colaboração dos seus colegas, construiu dentro deste edifício um belíssimo museu com várias secções dos cursos lecionados e que foi inaugurado no ano de 2004.

 

Cronologia dos Diretores e Presidentes

 

Patrono

José Maria Veiga da Silva Campos Mello

 

Diretores

Professor – José da Fonseca Teixeira – 1884-1914

Professor – José Maria Campos Mello – 1914-1916

Professor – Joaquim Porfírio – 1916-1922

Professor – José Farias Bichinho – 1922-1930

Engenheiro – Ernesto de Campos Mello e Castro – 1930-1966

Dr. Duarte de Almeida Cordeiro Simões – 1966-1967

Dr. Augusto Rodrigues Guimarães – 1967-1974

 

Encarregado Interino da Direção

Dr. José de Oliveira Dias – 1974

 

Presidente do Concelho Diretivo

Dr. Rui Delgado – 1974-1976

Dr. Joaquim Ferreira de Almeida – 1976-1977

Dr. João Martins – 1977-1978

Professor Rodolfo Romeno Passaporte – 1979-1980

Drª Maria de Ascensão A. A. Figueiredo Simões – 1980-1986

Professor Ricardo dos Reis Matos – 1986-1992

Dr. António Jesus Gomes Ivo – 1992-1998

 

Comissão Executiva Provisória

Dr. Jorge Augusto Neves Wahon – 1998-1999

Drª Isabel Maria Marques de Almeida Fael – 1999-2009

 

In História da Freguesia de São Pedro da Covilhã, de António Garcia Borges

in http://cidadedacovilha.blogs.sapo.pt/9217.html

Memórias do Aeródromo Municipal da Covilhã

17.10.16, Memórias

Recordando a Petição Contra o Encerramento do Aeródromo Municipal da Covilhã.

"O Aeródromo Municipal da Covilhã é o mais antigo do País, existindo desde 1946, à data foi inaugurado por Gago Coutinho. Actualmente é designado pelos códigos IATA: COV e ICAO: LPCV;"

A Petição

 

Memórias do Aéro Club da Covilhã

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Inauguração do Aeródromo Municipal da Covilhã em 1946 inaugurado por Gago Coutinho (Foto abaixo)

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Esta fotografia foi tirada no aeródromo da Covilhã em 1943

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Algumas imagens do ultimo exercício da Força Aérea no Aeródromo da Covilhã

Aeródromo Municipal da Covilhã, o mais antigo do país (em 1946 aterrava ali o primeiro avião), com o código IATA COV, era o aeródromo principal que servia a região da Cova da Beira[1]. Localizado a SE(Sudeste) da cidade da Covilhã, a escassos dois quilómetros, foi demolido aquando da construção do Data Center PT Covilhã. Quando este ainda estava em operação, eram feitos voos para BragançaVila Real e Lisboa.

Informações[

  • Pista certificada - Sim
  • Localização - 2 km SE da Covilhã
  • Distância por estrada a Covilhã - 5km
  • Tel - 275 336 086
  • Fax - 275 323 785
  • Responsável - C.M. Covilhã
  • Director - Eng. Vitor Marques
  • Morada - Aeródromo Municipal da Covilhã - 6200 Covilhã
  • Horário - Diurno
  • Manga de vento - Sim
  • Luzes na pista - Sim
  • Marcas na Pista - Sim
  • Bar - Sim
  • Restaurante - Sim
  • Transportes - Taxi
  • Combustíveis - Avgás. Super e Oleo a 1 km
  • Hangar - Sim
  • Guarda - Sim

 in, https://pt.wikipedia.org/wiki/Aer%C3%B3dromo_Municipal_da_Covilh%C3%A3

 

Rascunho da Petição para Memória Futura

Petição Contra o Encerramento do Aeródromo Municipal da Covilhã

Para: Exmo. Sr. Presidente da República ; Exmo. Sr. Presidente da Assembleia da República ; Exmo. Sr. Primeiro-ministro ; Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal da Covilhã.

Assunto: Encerramento do Aeródromo Municipal da Covilhã

Exmo. Sr. Presidente da República
Exmo. Sr. Presidente da Assembleia da República
Exmo. Sr. Primeiro-ministro
Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal da Covilhã

Os cidadãos abaixo assinados e identificados vêm por este meio requerer a Vossas Excelências o não encerramento do mais antigo Aeródromo de Portugal, o Aeródromo Municipal da Covilhã. Deste modo, solicitamos a Vossas Excelências que tenham em conta os seguintes factos:
a) O Aeródromo Municipal da Covilhã é o mais antigo do País, existindo desde 1946, à data foi inaugurado por Gago Coutinho. Actualmente é designado pelos códigos IATA: COV e ICAO: LPCV;
b) O Aeródromo Municipal da Covilhã é o principal aeródromo da região da Cova da Beira, localizando-se a escassos quilómetros da cidade da Covilhã;
c) O Aeródromo Municipal da Covilhã tem actualmente 2 pistas, uma com dimensões 960 m x 23 m, com piso de betão, e uma outra com 650 m x 40 m, com piso de saibro. Ambas as pistas estão em boas condições de utilização;
d) O Aeródromo Municipal da Covilhã dispõe actualmente de serviços de apoio básicos, tais como: Bar, Restaurante, Depósitos de combustível e Hangar;
e) O Aeródromo Municipal da Covilhã é actualmente sede do Aero Club da Covilhã;
f) Estão actualmente sediadas no Aeródromo Municipal da Covilhã instalações que permitem que todos os verões sejam combatidos, por via aérea, os fogos que assolam toda uma região;
g) O Aeródromo Municipal da Covilhã dispõe actualmente de infra-estruturas que permitem a existência de uma sala de Briefings, uma sala da Direcção, uma sala de instrução, uma sala de Manutenção e uma camarata;
h) O Aeródromo Municipal da Covilhã é anualmente utilizado pela Força Aérea Portuguesa, para a realização de exercícios tácticos;
i) O Aeródromo Municipal da Covilhã serve de base aos muitos pilotos existentes em toda a região do interior de Portugal;
j) O Aeródromo Municipal da Covilhã é um local de voo certificado pela Federação Portuguesa de Aeromodelismo, para a prática de aeromodelismo;
k) A Cova da Beira reúne condições excepcionais para a prática de voo à vela, servindo o Aeródromo Municipal da Covilhã como centro de operações dos planadores;
l) O Aeródromo Municipal da Covilhã tem grande potencial para o desenvolvimento do voo em geral: aviação ligeira, ultra-ligeira e de voo à vela;
m) O Aeródromo Municipal da Covilhã é utilizado regularmente pelo Departamento de Ciências Aeroespaciais da Universidade da Beira Interior, sendo fulcral para o desenvolvimento e posterior teste das muitas aeronaves não tripuladas (UAV’s) que nesta se desenvolvem, nas suas actividades de ensino e investigação;
n) Os alunos do curso de Engenharia Aeronáutica (um dos únicos existentes em Portugal), da Universidade da Beira Interior, utilizam regularmente o Aeródromo Municipal da Covilhã, para pilotar e testar projectos de autor, na área das aeronaves não tripuladas (UAV’s);
o) O Aeródromo Municipal da Covilhã acolhe anualmente, desde há 15 anos, o único Festival Aéreo organizado exclusivamente por estudantes em toda a Europa, inserido nas Jornadas Aeronáuticas da Covilhã (JAC’s). A organização deste Festival está a cargo do AeroUBI – Núcleo de estudantes de Engenharia Aeronáutica da Universidade da Beira Interior. Dada a importância deste Festival Aéreo para a academia, a região e o país, Sua Excelência o Presidente da República atribuiu à 15.ª edição deste Festival Aéreo o seu Alto Patrocínio;
p) Uma pista de aviação, mesmo com pouca utilização, é um activo de elevado valor, cuja implantação é sempre cara e desejada por quem não a tem.

Deste modo, e tendo em conta os recentes desenvolvimentos avançados pela comunicação social que indicam a zona do Aeródromo Municipal da Covilhã como sendo a futura localização do novo Data Center da Portugal Telecom (PT). Vimos por este meio solicitar a Vossas Excelências que reconsiderem esta Vossa posição e que dentro das Vossas competências, avaliem a validade dos argumentos utilizados nesta Petição.

Desde já nos alienamos do facto de sermos contra a realização deste enorme investimento da PT na Covilhã. Garantindo que não somos, nem seremos nunca contra o desenvolvimento e a inovação, percebemos que esta é uma oportunidade única, que permitirá o desenvolvimento significativo de toda uma região.

No entanto, aquilo que não percebemos e não aceitamos é o facto desta construção, gigantesca, se ir situar exactamente na zona do Aeródromo Municipal da Covilhã. Parece-nos, a nós, signatários desta petição, que a cidade da Covilhã dispõe de uma imensa área livre, que poderia acolher este investimento, sem ter de interferir, e encerrar, uma estrutura com mais de meio século de existência que representa também um património histórico e cultural que deve ser preservado.

Notamos desde já que temos conhecimento do projecto apresentado pela Câmara Municipal da Covilhã, em 20 de Novembro de 2001, com vista à construção do Aeroporto da Covilhã. Contudo, este projecto não revelou desenvolvimentos significativos com o desenrolar dos anos, sendo de esperar que numa altura de crise económica como a que o País atravessa, esta não seja, pelo menos a curto prazo, uma opção viável que possa servir os interesses da região.

Assim sendo, os signatários desta petição requerem que não se proceda ao encerramento do Aeródromo Municipal da Covilhã, sendo garantido que este seja preservado e melhorado, de modo a servir os interesses de toda uma vasta região.

Na expectativa de uma resolução,
Atentamente,
 
 

Petição criada por:

 

 

 

 

 

 

 

Em 1939 o Quartel da Covilhã passou a albergar o Batalhão de Caçadores 2

15.10.16, Memórias

EM 1916 O QUARTEL DA COVILHÃ JÁ ALBERGAVA O BATALHÃO DE INFANTARIA 21

Dados de Junho de 1916 - Covilhã

 

As Insubordinações Colectivas em Portugal, 1916 - 1917

 

Em Junho de 1916, na Covilhã, houve uma insubordinação grave que aconteceu no Batalhão de Infantaria 21, da Covilhã, que por volta de Junho de 1916, levou, nos termos do Regulamento Disciplinar, ao envio compulsivo de 342 praças, incluindo 8 sargentos, de castigo para África. (in Martins, 1934b, p.152) 

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Em 1939 o Quartel da Covilhã passou a albergar o Batalhão de Caçadores 2

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BATALHÃO DE CAÇADORES Nº 2

Foi criado pelas Instruções para a execução do Decreto nº 29957 de 24 de Outubro de 1939, Ordem do Exército nº 7 de 28 de Outubro de 1939, vindo a ser extinto em 1967, pela Portaria nº 22683 de 17 de Maio, Ordem do Exército nº 5 de 31 de Maio de 1939.

Fernando Ramos, Furriel

Batalhão de Caçadores das Beiras

Índia

7 de Maio de 1957 a 17 de Maio de 1959

História do Batalhão de Caçadores das Beiras

O Batalhão de Caçadores das Beiras foi mobilizado em Expedição para a Índia, tendo embarcado no navio Niassa em 3 de Abril de 1957 em Alcântara e desembarcado no porto de Mormugão para batelões, que se dirigiram no rio Mandovi, desembarcando no cais de Velha Goa a 7 de Maio de 1957.

O Batalhão de Caçadores das Beiras era constituído por: Comando, Companhia de Comando e Serviços (CCS), Companhia de Armas Pesadas (CAP) e 3 Companhias de Caçadores.

O Comando e CCS foram instruídos no Batalhão de Caçadores nº. 7, na Guarda, a Companhia de Armas Pesadas, no Batalhão de Metralhadoras nº. 2, na Figueira da Foz e as 3 Companhias de Caçadores eram respectivamente de Castelo Branco, Covilhã e Viseu.

A 3ª Companhia de Caçadores foi reintegrada nas outras duas Companhias.

Em Velha Goa ficaram instaladas o Comando, CCS, CAP e a 1ª. Companhia de Caçadores, cuja actividade operacional era fazer a defesa de todos o monumentos de Velha Goa e Pangim, a capital de Goa, em caso de ataque das forças militares da União Indiana, por várias vezes o Batalhão ocupou os pontos estratégicos de defesa na Capital.

A 2ª Companhia de Caçadores seguiu para o UCAÇAIM para fazer a defesa da zona e a protecção das minas de ferro.

Em Velha Goa, o Comando, a CCS e a 1ª Companhia de Caçadores ocuparam as instalações no Convento de Santa Mónica. A Messe da Oficiais no Convento de Bom Jesus e a CAP ocupou provisoriamente o Convento de São Caetano, devido o Convento de Santa Mónica se encontrar em reconstrução.

O Batalhão de Caçadores das Beiras foi render o Batalhão de Caçadores de Além-Douro.

O Batalhão de Caçadores das Beiras embarcou de regresso à Metrópole em 17 de Maio de 1959, tendo desembarcado em Lisboa em 3 de Junho de 1959, tendo sido rendido pelo Batalhão de Caçadores do Alentejo.

http://ultramar.terraweb.biz/11imagens_CTIEI_FernandoRamos_Historia.htm

 

Curiosidades do Exército Fardamentos

clique na imagem

General em Grande Uniforme

(Aguarelas de Alberto de Sousa - Museu Militar de Lisboa, postal 9)

 

TROPAS EXPEDICIONÁRIAS PARA ÁFRICA - uniformes clique na imagem abaixo

General em Pequeno Uniforme

(Aguarelas de Alberto de Sousa - Museu Militar de Lisboa, postal 10)

 

Unidades do Exercito Português - clique na imagem abaixo

Oficial de Infantaria em uniforme de campanha para África

Oficial de Artilharia em uniforme de campanha em Portugal

Oficial de Artilharia em uniforme nº1 em Portugal

(Aguarelas de Alberto de Sousa - Museu Militar de Lisboa, postal 5)

Soldado de Artilharia

(Aguarelas de Alberto de Sousa - Museu Militar de Lisboa, postal 8)

Cabo de Infantaria

Praça de Infantaria

(Aguarelas de Alberto de Sousa - Museu Militar de Lisboa, postal 6)

Cabo de Infantaria Reformado

2º sargento de Infantaria Reformado

(Aguarelas de Alberto de Sousa - Museu Militar de Lisboa, postal 7)

Oficial de Cavalaria (Aspirante)

(Aguarelas de Alberto de Sousa - Museu Militar de Lisboa, postal 12)

2º Sargento de Cavalaria

(Aguarelas de Alberto de Sousa - Museu Militar de Lisboa, postal 12)

Oficial Médico

Cabo Serviço de Saúde

(Aguarelas de Alberto de Sousa - Museu Militar de Lisboa, postal 7)

1 - Tenente das forças coloniais em Moçambique (Fardamento Colonial)

2 - Soldado indígena das forças coloniais em Moçambique

3 - Soldado da Força Expedicionária de Moçambique (Fardamento para França)  

4 - Soldado da Força Expedicionária de Moçambique (Fardamento para África)

(Armies in East Africa 1914-18, Osprey Men-at-Arms n.º 379, Aguarelas de Raffaele Ruggeri)

Soldado indígena das forças coloniais em Angola 1915

(Aguarelas de Sérgio Veludo Coelho, Museu Militar do Porto, postal 9

Capitão de Cavalaria das forças coloniais em Angola 1915

(Aguarelas de Sérgio Veludo Coelho, Museu Militar do Porto, postal 6)

in, http://www.momentosdehistoria.com/MH_05_04_03_Exercito.htm

 

 

 

 

 

 

 

Covilhã - Comemorações da Elevação a Cidade

14.10.16, Memórias

- Blog Covilhã Subsidios para a sua História, 

Elevação da Covilhã a Cidade II

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Entre os caminhos do passado e os trilhos do futuro: 144 anos da cidade da Covilhã

Urbi · quarta, 22 de outubro de 2014 · Região

A sessão solene da Assembleia Municipal que assinalou o 144º Aniversário da elevação da Covilhã a cidade ficou marcada por discursos de lembrança das conquistas do passado e a indicação de caminhos diferentes para o futuro. No Salão Nobre da Câmara Municipal foi ainda apresentada a nova imagem gráfica da cidade, sob o slogan “A Tecer o Futuro”.

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" A sessão solene da Assembleia Municipal encerrou com a apresentação na nova imagem gráfica do município. Com o slogan "A Tecer o Futuro", o novo logotipo da Covilhã pretende relembrar a força da indústria têxtil e o papel que esta teve no desenvolvimento económico da região. O trabalho de Ana Gonçalves, ex-aluna da Universidade da Beira Interior na área do design, foi assim o escolhido para substituir o slogan "Cidade 5 estrelas", criado pelo anterior executivo. O Presidente da Câmara Municipal da Covilhã apelou no final à divulgação do novo símbolo."

 

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DECRETO QUE ELEVA A VILA DA COVILHÃ A CIDADE

"Attendendo a que a muito notável villa da Covilhã, no districto de Castello Branco, é uma das villas mais importantes do reino pela sua população e riqueza:

Attendendo a que a mesma Villa é uma das povoações do reino que mais se têem distinguido pela fecunda iniciativa de seus habitantes na fundação e aperfeiçoamento de muitos e importantes estabelecimentos fabris, cujos productos podem já disputar primazia com os das fábricas estrangeiras mais acreditadas pelo seu desenvolvimento industrial;

E desejando dar aos habitantes da referida villa um solene testemunho de subido apreço em que tenho os seus honrados esforços pelo progresso e aperfeiçoamento da indústria nacional;

Hei por bem fazer mercê à dita villa da Covilhã de a elevar à categoria de cidade, com a denominação de cidade da Covilhã e me praz que directamente lhe pertencerem; devendo expedir-se à respectiva Câmara Municipal a competente carta em dois exemplares, um para título d'aquela corporação e o outro para ser depositado no real archivo da torre do tombo.

O Ministro e Secretário d'Estado dos Negócios do Reino assim o tenha entendido e faça executar. Paço da Ajuda, em 20 de Outubro de 1870. - Rei - António, Bispo de Viseu."

DELIBERAÇÕES CAMARÁRIAS SOBRE A ELEVAÇÃO DA COVILHÃ À CATEGORIA DE CIDADE

A Câmara apreciou "Offício mesmo Senhor Administrador do Concelho nº595 de 26 d'Outubro corrente, participando que por Decreto de 20 d'Outubro do corrente anno, fora a muito Notável Villa da Covilhan elevada à cathegoria de Cidade, com a denominação - Cidade da Covilhan - por isso seria conveniente que se manifestasse o regozijo público por tal mercê, tomando a Câmara a iniciativa nesta demonstração.


A Câmara deliberou que se manifestasse este regozijo convidando todos os Cidadãos, por meio de editaes a iluminarem suas casas nas noites de 28, 29 e 30 do corrente, e neste último dia, assistirem a um solenne Te Deum que se hade cantar na Igreja de Santa Maria Maior d'esta Cidade pelas quatro horas da tarde. Deliberou-se também que para dar mais expansão a este sentimento de regozijo, se deitassem foguetes, tocassem o sino dos Paços do Concelho e se convidassem duas musycas d'esta Villa, para n'aquelas noites virem ao largo do Pelourinho tocar os hynos Nacionaes, e mais peças apropriadas e se convidassem todas as auctoridades e pessoas principais da Cidade a assistirem ao referido Te-Deum e encarregar a autorizar o Senhor Presidente a fazer tudo o mais que entender".

"Outro offício do mesmo Exm.º Senhor (Adm. Conc.) nº241 de 28 do dicto mez d'Outubro, participando que por Decreto de 20 do referido mez, a Notável Villa da Covilhan fôra elevada à cathegoria de Cidade e que por este facto prevenia a Câmara segundo ordens expeditas do Ministério do reino, lhe cumpria sollicitar quanto antes pela dicta Secretaria d'Estado a expedição do competente Diploma d'encarte.


O Senhor Presidente José Tomás Mendes Megre Restier informou que, em vista deste offício incumbira particularmente o digno Deputado por este Círculo Doutor António dos Santos Viegas, de o informar àcerca da despesa e passos a dar para se obter aquele Diploma, e que elle lhe respondêra que encarregara um dos Contínuos da Secretaria do Ministério do Reino para lhe tratar deste negócio, e que a despesa montava a 218 reis, sendo direitos de mercê 140 reis; adicionais 28 reis, direitos de sello 10$00 reis e emolumentos 40 reis, tendo a acrescentar a esta verba a gratificação que a Câmara entender deve dar-se ao referido Contínuo Sollicitador.


A Câmara resolveo que o Senhor Presidente enviasse desde já aquella quantia ao ilustre Deputado deste círculo, auctorizando-o a dar ao referido Contínuo a gratificação que elle entendesse justa e rasoável, e a fazer todas as mais despesas necessárias para a conclusão deste negócio, e também deliberou que a importância das mencionadas verbas e despezas sahissem do dinheiro que actualmente existe em Cofre, sendo depois tudo incluído e votado no primeiro orçamento Supplementar que se confeccionasse".


"O Senhor Presidente disse, que como agora se hia requerer o encargo do título da Cidade a que foi elevada a Covilhan tendo para isso de se despender para cima de 200 reis cuja quantia se tem de incluir em Orçamento, segundo foi deliberado já nesta mesma Sessão, havendo além desta despesa outras também urgentes".

CONSTITUIÇÃO DA CÂMARA MUNICIPAL DE 26 DE OUTUBRO A NOVEMBRO DE 1870:
Presidente - José Tomás Mendes Megre Restier;
Vice-Presidente - António Baptista Alves Leitão;
Vereador - Dr. José António da Cunha Júnior;
Vereador - Dr. António Policarpo Fernandes Galvão;
Vereador - António Barbas da Torre;
Vereador - Francisco Alves;
Vereador - José Nunes Oliveira;

 

in, http://www.cm-covilha.pt/simples/?f=2264

Núcleo da Covilhã da Liga dos Combatentes

12.10.16, Memórias

 Post  dedicado a todos os Combatentes   

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Medalha de Mérito Prata da Cidade atribuída pela Câmara Municipal da Covilhã ao Núcleo da Liga dos Combatentes da Covilhã

 

14.10.2016 - O Núcleo da Covilhã da Liga dos Combatentes está a comemorar neste ano de 2016 o seu 90º aniversário. A Câmara Municipal da Covilhã decidiu atribuir ao Núcleo da Liga dos Combatentes a Medalha de Mérito Prata da Cidade. Esta honrosa distinção será entregue em cerimónia solene, nos Paços do Concelho no próximo dia 20 de Outubro, dia da Cidade e feriado Municipal.

 

O presidente da Liga dos Combatentes, General Chito Rodrigues, em seu nome pessoal e de todos os membros da Liga dos Combatentes felicita o Núcleo da Covilhã, na pessoa do seu presidente João Azevedo, pelo trabalho desenvolvido na sua área de responsabilidade e pelo reco
 

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nhecimento público da ação que vem desenvolvendo, em proveito dos Combatentes e suas famílias.

Corpo Expedicionário Português - CEP - Desfile da Vitória

 Prisioneiros de Guerra Portugueses

CEP mortos: 1992 ; feridos: 5354 ; desaparecidos: 199 ; incapazes 7380 ; prisioneiros: 7000 (233 falecidos no cativeiro, 6767 devolvidos pela Alemanha); Total 21825.
(mais 5 mortos e 5 feridos no CAPI).

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Imagem extraída do jornal "O Combatente da Estrela", n.º 88 Abr a Jun 2011, do Núcleo da Covilhã da Liga dos Combatentes

 

Portugal na 1ª Guerra Mundial - clique na imagem abaixo

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Portugueses nas trincheiras perto de Neuve Chapelle, 25 de junho de 1917

Mortos na Guerra do Ultramar Concelho da Covilhã - clique na imagem em baixo

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HISTORIAL

O Núcleo da Covilhã da Liga dos Combatentes foi fundado no ano de 1926, tendo como primeiro presidente o Capitão Victoriano Cruz Nazarett, na época, militar de carreira no Regimento de Infantaria 21, nesta cidade da Covilhã.
Após uma vasta odisseia de vida difícil estabiliza em 1980 com Corpos Sociais que se vão sucedendo e credibilizando a Instituição no meio covilhanense e nacional, e tem demonstrado, possuir meios humanos que o têm tornado cimeiro na capacidade de desenvolver iniciativas para bem dos associados e segundo a vocação solidária da Liga dos Combatentes. Sem ostracizar ou minimizar qualquer outra das actividades projectadas, de índole cultural, desportiva ou recreativa, devem destacar-se dois projectos que, pela importância e impacto a que conduzem, não deixam de interessar os associados do Núcleo.
O primeiro, o projecto da construção da Sede Social/Centro de Dia, ideia que se defendeu e amadureceu perante o fenómeno do envelhecimento dos combatentes (ainda de espírito jovem!), facto que faz com que os idosos ganhem cada vez maior importância na realidade social, o que suscita progressiva atenção por parte das instituições e dos políticos.
É dever do Núcleo lutar contra adversidades, congregar sinergias que permitam intensificar actividades, proporcionar a abertura a outras formas complementares de lazer e cultura, em suma colaborar para um envelhecimento saudável, onde não falte a medicina preventiva, curativa e de reabilitação, apoiada em serviços de gerontologia, geriatria e fisioterapia. Acreditamos que a sede vai ser uma realidade e estamos convictos que tal melhoramento social, configurado num refúgio de lazer portador da modernização de serviços, resultará num significativo benefício para a qualidade de vida que se deseja e que os associados possam usufruir proximamente. A exequibilidade do projecto ficará a dever-se, sem dúvida, à cooperação conjunta da Câmara Municipal da Covilhã e da Direcção Central da Liga dos Combatentes, mas também à condução do projecto por parte do Núcleo.
A segunda iniciativa está consubstanciada n?O Combatente da Estrela. É efectivamente um meio muito válido para a fidelidade dos sócios ao Núcleo. Este jornal é de particular importância conquanto pode contribuir não só para a difusão de notícias, mas também da cultura nos variados domínios do saber, bem como do lazer, aqui incluindo o turismo sénior.
Ao perspectivar a possibilidade de colaboração de jovens alunos e licenciados em Ciências da Comunicação, curso ministrado pela Universidade da Beira Interior, a Direcção está a dar um passo decisivo para a continuação deste periódico, usufruindo do espírito jovial, do dinamismo e dos conhecimentos destes novos colaboradores que enriquecerão o conteúdo do jornal. Simultaneamente, permitir-se-á que estes jovens se iniciem na difícil arte que é a de ser jornalista, abordando temas que, em qualquer caso, devem exprimir valores éticos, de entre-ajuda e aproximação altruísta, vertentes próprias da Liga dos Combatentes.
A vitalidade do Núcleo é um facto insofismável. A credibilidade adquirida junto das instâncias locais e nacionais permitem dizer que estamos perante um dos maiores núcleos que compõem o extenso grupo de Núcleos da Liga dos Combatentes no todo nacional, contando com um efectivo real de um milhar de sócios. Conta com Corpos Sociais devidamente enquadrados nas diversas actividades, procurando que todos os associados participem de forma activa nas suas actividades.
No Plano Cultural o destaque, para lá do já citado órgão informativo, O Combatente da Estrela, a Secção de Coleccionismo é a digna representante do coleccionismo covilhanense e região, promovendo no calendário nacional, anualmente, a Feira de Trocas da Covilhã.
Algumas Exposições e actos culturais, normalmente na data comemorativa do sua fundação, Fev/Março de cada ano, sobressaindo a Exposição Afro-Asiática no 5º Centenário de Pêro da Covilhã em 1987, que mereceu cunhagem de Medalha alusiva. Outras exposições e mostras se seguiram.
A pequena Biblioteca possui obras de grande valor, merecendo a constante consulta dos seus associados e outros interessados.
No Plano Desportivo há já vários anos que possui uma Classe de Ginástica de Manutenção, em crescendo no seu número de integrantes, tal como sucede com o Futsal. Uma palavra especial para o Torneio de Malha disputado anualmente e que designa por Torneio João Quelhas, em memória do sócio impulsionador da tradicional modalidade.
As exíguas instalações não são adequadas a toda e tanta actividade. O merecimento do trabalho e labor que o Núcleo desenvolve leva ao constante apoio quer da Câmara Municipal, quer das Juntas de Freguesia locais, com destaque para São Martinho, Conceição e Santa Maria, e ainda, do Governo Civil de Castelo Branco e entidades privadas, como é o caso do Intermarché da Covilhã, com um protocolo especial para os associados.
O Talhão dos Combatentes sofreu obras de fundo com o apoio da Câmara Municipal, o mesmo sucedendo no Fundão, servindo de modelo para aplicação noutros Núcleos. A eficiência do Talhão da Covilhã será aplicada no Talhão do Fundão logo que assinado o protocolo em estudo.
Em 1999 procedeu à inauguração, com pompa e circunstância de um Monumentos aos Combatentes do Ultramar, com projecto do Arquitecto Rodolfo Passaport, apoio da Câmara e presença do Senhor General Morais Barroco.
Também no Tortosendo foi construído um Monumento com a mesma finalidade, com o apoio da Junta de Freguesia, desenho e projecto do Arquitecto Paulo Piedade e na inauguração entre muitas individualidades esteve o General Júlio Oliveira.
Uma outra actividade tem merecido algum relevo ? a organização de passeios com cariz cultural ? Santiago de Compostela, Fátima, Douro, Cidade Rodrigo, Gerês e outras.
Na verdade o Núcleo está de boa saúde e só falta completar o sonho de construir a sua nova Sede Social, onde integrará um Centro de Dia e Lar.

in, Câmara Municipal da Covilhã

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A Covilhã na Primeira Guerra Mundial

De entre os acontecimentos que marcaram vincadamente a curta e agitada vida da Primeira República sobressai a participação de Portugal na 1ª Guerra Mundial.

A afirmação do novo regime, as velhas alianças internacionais, a manutenção do império colonial, o posicionamento no Atlântico são alguns dos factores que levaram as tropas portuguesas a entrar no conflito.

A garra dos portugueses ficou bem assinalada nas trincheiras de França, onde as tropas lusas tiveram a sua intervenção num corpo de artilharia pesada.

Na Flandres Francesa foi valorosa a resistência portuguesa na batalha de La Lys assinalada no padrão de Portugal erguido En La Couture.

Também da Covilhã partiram tropas com destino à Flandres, o já então centenário Regimento de Infantaria 21, carregando com orgulho o peso de antigas vitórias, saiu da cidade da lã e da neve decidido a vencer.

A maior aventura destes soldados serranos ocorreu no “bosque misterioso”, a Ferme du bois, onde as tropas aliadas nada mais haviam conseguido do que derrotas.

No dia 9 de Março de 1918, o Capitão Ribeiro de Carvalho, comandante da 1ª companhia organizou umraid às fileiras alemãs. O comandante contava ainda com a ajuda dos alferes Henrique Augusto e Alípio Gonzaga. Pela calada da noite os serranos saíram das trincheiras e rastejaram até ao temido bosque, semearam a morte entre o inimigo e fizeram inúmeros prisioneiros de guerra. Os alemães foram obrigados a retirar perante a ousadia covilhanense, mas nem tudo foram facilidades, surgido do inesperado um alemão desferiu um certeiro golpe de baioneta no peito de alferes Gonzaga. Desfalecido, mas num supremo arranque de coragem, o alferes abateu o inimigo utilizando a baioneta que o ferira. Perante tal exemplo os restantes companheiros empreenderam eles semelhante luta e conseguiram mais seis prisioneiros.

O feito valeu aos intervenientes a respectiva promoção e ao batalhão a honra de ver a bandeira condecorada com a medalha da cruz de guerra.

Mas não foram somente os autores deste raid os únicos covilhanenses a destacarem-se neste conflito. Um outro nome que durante muito tempo perdurou na memória dos covilhanenses, nem sempre pelos melhores motivos, foi o de Garri. José Antunes de Garri, de seu nome completo, era um soldado corneteiro.

O seu apurado ouvido musical permitia-lhe captar os toques do clarim alemão que posteriormente executava na perfeição. Desta forma foi possível iludir o inimigo fazendo soar o toque da retirada.

 

A faceta valeu-lhe a mais elevada condecoração militar, a Torre de Espada. Porém vítima das atrocidades da guerra química alemã, segundo uns, ou mais provavelmente vítima da indiferença dos seus conterrâneos, Garri caiu na banalidade das atitudes e na dependência do álcool que o levava a exibir-se em frente ao quartel e a exigir continências repetidas dos seus camaradas e superiores.

Acabou por ser despojado das suas insígnias e recordado apenas por troça.

Um final inglorioso para um soldado que vencera a batalha usando somente um clarim.

Muitos outros soldados covilhanenses mereciam aqui ser recordados, a Covilhã homenageou-os através do reconhecimento público manifestado em 8 de Março de 1925. Na data vários regimentos da 7ª divisão participaram nas cerimónias presididas pelo General Alves Pedrosa. Do programa constou ainda o lançamento da primeira pedra do monumento que hoje podemos encontrar no jardim público de S. Francisco. Cabe agora a cada um de nós, perpetuar a coragem destes soldados que souberam honrar o nome da sua cidade.

 in, http://www.noticiasdacovilha.pt/artigos/print.htm?idcont=784

 

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